20 de outubro de 2019
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Depois de três anos de crise, o brasileiro voltou a planejar a compra da casa própria. Para fechar negócio, as construtoras oferecem de tudo num feirão em São Paulo.
Bruno trouxe a família toda para escolher o apartamento novo. Já são 15 anos morando na casa de parentes.
“A gente vai ver, dar fundo de garantia, esse tipo de coisa para conseguir o sonho”, conta Bruno Lisboa, líder de produção.
Para dar um empurrãozinho o setor organizou uma feira de imóveis em São Paulo com dezenas de ofertas.
“A entrada em até 60 vezes e a escritura e o ITBI por conta da construtora”, anuncia Adriano Silva, diretor comercial de construtora.
Para quem pretende financiar um imóvel no programa ‘Minha Casa Minha Vida’, também tem promoção.
“A cada real que o programa dá de ajuda, de desconto, na compra do imóvel, nossa empresa dá mais um real”, conta Márcia Verroni, diretora de vendas.
Tem sorteio de festa de casamento pra quem fechar negócio, de patinetes e de outros brindes.
“Segmento ‘Minha Casa Minha Vida’ é o que mais chama a atenção nesse momento, que atende uma camada maior da população”, diz Evanilson Bastos, do Cons. Assoc. Brasileira das Incorporadoras.
Em 2019, a quantidade de financiamentos de imóveis residenciais novos aumentou quase 30%, em relação ao mesmo período de 2018. E um dos motivos para isso foi a redução dos juros básicos da economia, que tem feito os bancos competirem cada vez mais no mercado de crédito. As taxas de financiamento imobiliário caíram e novas modalidades surgiram.
Desde agosto, o consumidor pode optar por um financiamento corrigido pela inflação. As taxas variam de 2,95 a 4,95% ao ano, mais o IPCA do período. “Se comparado com os tradicionais financiamentos em TR, o financiamento em IPCA já produz uma redução em média de 30% da prestação inicial”, explica Rodrigo Luna, vice-presidente de Habitação Econômica do Secovi/SP.
Isso porque hoje a inflação está baixa. Mas é preciso levar em conta que financiamento de imóvel é por prazo longo, 10, 20 anos, período em que a economia pode sofrer baques e a inflação voltar a subir.
Por isso, sorteios e promoções nos estandes não são suficientes para convencer a Márcia Coutinho: “Eu estou dando uma pesquisada. Por enquanto, é intenção. Aí eu vou ver direito se é viável, fechar por aqui ou esperar mais um pouco”.
Fonte: Rede Globo - Jornal Nacional
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