Incorporadoras de imóveis dizem acreditar que haverá mais competição entre os bancos e mais oferta de linhas de financiamento para moradia nos próximos anos impulsionada pela queda da Selic, a taxa básica de juros.
“O crédito para habitação vai melhorar porque as instituições financeiras receberão depósitos de poupança, que têm aplicação dirigida”, afirma Antonio Setin, da construtora que leva seu sobrenome.
A Caixa Econômica, que foi líder nesse segmento, praticará juros de mercado, semelhantes às dos concorrentes privados, afirmou Pedro Guimarães em seu discurso de posse como presidente.
“A fala dele foi emocional, e não uma análise”, diz Setin.
“A Caixa sempre atuou com taxas iguais às dos demais. Se a captação de poupança for maior, o banco deverá ser mais agressivo na oferta de suas linhas, mas sem artificialidade”, diz Alexandre Frankel, diretor-executivo da Vitacon.
Mudanças nas regras de alienação fiduciária, feitas em 2017, deverão aumentar o interesse dos bancos em ofertar a linha de crédito, segundo Luiz Antônio França, presidente da Abrainc (associação de incorporadoras).