8 de maio de 2025
A nova Faixa 4 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), uma iniciativa do governo federal que começou a ser disponibilizada oficialmente nesta semana pela Caixa Econômica Federal, representa um marco importante para a política habitacional brasileira. Voltada para famílias com renda mensal entre R$ 8,6 mil e R$ 12 mil, a nova modalidade de financiamento contempla um universo de aproximadamente 1,4 milhão de trabalhadores atualmente enquadrados nessa faixa de renda, segundo dados da RAIS 2024 analisados pela ABRAINC.
Com juros de 10% ao ano mais TR, a Faixa 4 oferece condições significativamente mais vantajosas do que as taxas médias praticadas hoje pelo mercado, que giram em torno de 13% ao ano mais TR. Essa redução impacta diretamente o valor das parcelas mensais, com queda estimada de até 27% em relação ao financiamento tradicional do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), facilitando o acesso ao crédito para a classe média.
Na prática, os efeitos são expressivos: para a compra de um imóvel de R$ 500 mil, uma família com renda mensal de R$ 11 mil poderá financiar o bem com uma parcela mensal de R$ 3.300 pela Faixa 4. O mesmo financiamento teria uma parcela de R$ 3.700 via Caixa (SFH tradicional) e de R$ 4.200 em bancos privados — exigindo, nesse caso, uma renda de R$ 14 mil para manter o mesmo nível de comprometimento. O governo estima que 120 mil famílias sejam beneficiadas pela nova faixa neste ano.
Outra mudança relevante é o aumento do valor máximo do imóvel financiável para R$ 500 mil, com prazo de pagamento de até 420 meses (35 anos). A atualização amplia o alcance do programa para imóveis compatíveis com o perfil de consumo dessa faixa de renda. De acordo com projeções da ABRAINC, o déficit atual e a demanda por novas moradias nos próximos 10 anos entre famílias com renda de R$ 8,6 mil a R$ 12 mil somam cerca de 1,6 milhão de unidades habitacionais.
Para a ABRAINC, a Faixa 4 representa um avanço relevante diante do déficit habitacional de 7,8 milhões de moradias no país. Ao tornar o crédito mais acessível para um público até então fora do programa, a medida tem potencial para reduzir o déficit, impulsionar novos lançamentos imobiliários, gerar empregos, movimentar a economia e fomentar o desenvolvimento urbano nas cidades brasileiras.
Redação ABRAINC
As novas condições do programa foram abordadas pelo presidente da ABRAINC, Luiz França, em entrevista à rádio Nacional de Brasília.
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