5 de agosto de 2025
O mercado imobiliário do Rio de Janeiro começou 2025 em ritmo acelerado, com os lançamentos crescendo 4% no primeiro quadrimestre e forte protagonismo dos segmentos de imóveis compactos e de luxo. Apesar de uma queda de 7% no Valor Geral de Vendas (VGV) comercializado em relação ao mesmo período de 2024, os dados reforçam a vitalidade do setor e apontam para um cenário de crescimento sustentado.
Os números são de estudo inédito da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), com dados da GeoBrain, que analisou o desempenho do setor na capital fluminense entre janeiro e abril de 2025. Segundo o levantamento, os lançamentos de unidades compactas aumentaram expressivos 194% em volume, com alta de 98% no VGV lançado nesse segmento. Já o mercado de luxo, que compreende imóveis a partir de R$ 2 milhões, teve crescimento de 75% no VGV lançado e respondeu por 48% de todo o VGV lançado na cidade no período.
Nas vendas, o VGV de imóveis compactos subiu 146%, e o de unidades de luxo avançou 18%.
Outro dado relevante foi a absorção de estoque: o volume de unidades disponíveis caiu 11% em abril, na comparação com o mesmo mês de 2024. Mantido o ritmo atual de comercialização, todo o estoque atual pode ser consumido em sete meses — um nível considerado adequado e saudável para o mercado.
Entre os bairros com maior volume de lançamentos, a Barra da Tijuca se destacou com mais de R$ 1,6 bilhão em VGV, concentrando quase um terço do total da cidade no quadrimestre. Com infraestrutura consolidada, ampla oferta de terrenos e perfil voltado para empreendimentos residenciais e mistos de médio-alto e alto padrão, a Barra segue sendo um dos principais vetores de crescimento urbano do Rio. Na sequência, aparecem Santo Cristo (R$ 581 milhões) e Ipanema (R$ 513 milhões).
Valor do m2
No ranking de preços por metro quadrado lançado, o Leblon lidera com R$ 40,3 mil/m², seguido por Ipanema (R$ 35,3 mil/m²) e Barra da Tijuca (R$ 27,6 mil/m²), refletindo a valorização das regiões mais consolidadas e demandadas da capital.
O bom desempenho do setor está em sintonia com a retomada da economia fluminense, que cresceu 3,6% em 2024, impulsionada por projetos estratégicos como o Porto Maravalley – hub de inovação no Porto Maravilha – e pela expansão do setor de serviços, que vem puxando a geração de empregos.
De acordo com Luiz França, presidente da ABRAINC, o cenário atual combina diversos fatores positivos: “O crescimento nos segmentos compacto e de luxo mostra um mercado dinâmico e atento às transformações demográficas e de perfil de demanda da cidade. Além disso, a aprovação do novo Plano Diretor do Rio, no fim de 2023, trouxe maior previsibilidade e atratividade para novos empreendimentos”, afirma.
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