1ºTrimestre 2023

Condições do mercado imobiliário exibem discreta melhora no início de 2023

Nota mais favorável do Radar ABRAINC/Fipe foi impulsionada por indicadores de demanda e ambiente macro

De acordo com informações atualizadas, o Radar ABRAINC-Fipe apresentou ao final do 1º trimestre uma nota média de 5,2 na escala entre 0 (menos favorável) e 10 (mais favorável).  

A avaliação dos últimos resultados revela que as condições do mercado imobiliário apresentaram melhora discreta no curto prazo, preservando patamar intermediário na escala. Mais especificamente, houve um ligeiro incremento de 0,2 ponto, em relação à pontuação no último mês do trimestre anterior (dezembro/2022), e um avanço similar (0,3 ponto) no horizonte de 12 meses (março/2022). Considerando a evolução recente da pontuação das quatro dimensões e os respectivos indicadores que compõem o Radar ABRAINC-Fipe no início de 2023, os avanços positivos abrangeram os indicadores relacionadas à demanda (renda e emprego) e ambiente macro (atividade e juros). Pelo lado negativo, comparativamente, a deterioração se concentrou nos indicadores relacionados ao crédito (concessões reais e atratividade do financiamento imobiliário), além da confiança de empresários e consumidores. 

Adotando-se como referência de análise de 12 meses do Radar (comparativo entre março de 2022 e março de 2023), os avanços identificados também se circunscreveram à dimensão demanda (renda e emprego) e aos indicadores do ambiente macro (atividade e juro). Os destaques negativos nesse horizonte ampliado, em contrapartida, abrangeram o recuo nas notas dos indicadores de crédito (concessões reais, condições e atratividade do financiamento imobiliário) e do ambiente do setor (lançamentos e insumos). 

Em conjunto, os últimos resultados expõem os entraves impostos pela política monetária restritiva sobre as condições gerais do mercado imobiliário, notabilizada pela manutenção da taxa básica de juros (Selic) em patamar elevado. Mesmo diante desse cenário, que desincentiva o investimento e o consumo, diversos indicadores e setores da economia brasileira têm mostrado resiliência e superado as expectativas em termos de desempenho, a exemplo dos resultados do PIB do 1º trimestre de 2023, recentemente divulgados pelo IBGE. Com efeito, a perspectiva de redução das taxas de juros, propiciada pela acomodação das expectativas inflacionárias, pode contribuir significativamente para melhora das condições do mercado.

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