Julho 2020

Covid-19 impõe queda de 31,9% nos lançamentos da incorporação entre março e maio Na comparação com o mesmo período de 2019, vendas foram menos afetadas, com queda de 1,2%, graças aos resultados positivos do segmento MCMV Segundo informações compartilhadas por empresas associadas à Abrainc, os lançamentos somaram 1.703 unidades em maio, contribuindo para um total de 16.181 imóveis lançados no trimestre móvel (março-abril-maio) e 106.263, nos últimos 12 meses – o que representa um aumento de 4,6% face ao registrado nos 12 meses anteriores). Já as vendas de imóveis novos somaram 10.085 unidades em maio, totalizando 29.847 unidades no último trimestre móvel e 118.060 nos últimos 12 meses (alta de 2,7%). Pela primeira vez, os Indicadores Abrainc-Fipe incluem três meses completos de informações desde o início das medidas de distanciamento social e da imposição de políticas restritivas sobre as atividades e setores não essenciais, permitindo assim uma melhor leitura dos efeitos da crise sobre o desempenho das incorporadoras no mercado imobiliário brasileiro. Especificamente, comparando-se o último trimestre móvel com o mesmo período de 2019, é possível notar que os maiores impactos foram identificados no volume de lançamentos, que recuaram 31,9%, e no número de imóveis entregues, com queda de 22,3%. Por outro lado, alguns indicadores consolidados foram menos afetados na mesma base de comparação, como no caso das vendas de imóveis novos, que acumulam uma variação negativa de apenas 1,2%, e o número de unidades distratadas, que declinaram 0,5% no período. Em contexto, vale reiterar que o avanço e os impactos da pandemia nesses três últimos meses se distribuíram de forma heterogênea entre as regiões e os segmentos da incorporação, afetando de forma mais intensa o desenvolvimento de atividades imobiliárias que dependem da dinâmica e circulação de pessoas dos grandes centros urbanos (em relação ao quadro observado no interior do país). No caso dos empreendimentos do segmento de Médio e Alto Padrão (MAP), segmento mais comprometido nos primeiros três meses do avanço da pandemia, o último trimestre móvel foi marcado por uma queda expressiva de 46,7% nos lançamentos, acompanhada por um recuo importante de 39,3% no número de unidades comercializadas. Os empreendimentos relacionados ao programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), por outro lado, embora tenham registrado queda relevante no volume lançado (-27,0%), encerraram esse mesmo período com aumento de 19,5% nas vendas. Tendo em vista a participação majoritária do segmento MCMV no volume de lançamentos e vendas da incorporação no último trimestre (78,4%, nos dois cômputos), foi possível compensar a queda registrada no segmento MAP foi amenizada nos indicadores agregados. Com o processo de interiorização da doença em junho e julho, aliado às diferentes fases e estratégias de reabertura nas diferentes regiões e praças, a expectativa é que o processo de recuperação e normalização das atividades da incorporação também seja heterogêneo, relacionando elementos de incerteza e fragilidade do quadro econômico atual (situação fiscal, comprometimento da renda e desemprego elevado) ao contexto favorável do cenário macro (queda na taxa de juros, aumento da oferta de crédito e outras políticas contracícilicas). Nota: (*) as informações do Programa Minha Casa Minha Vida contemplam apenas empreendimentos da Faixa 2 e Faixa 3.

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