O diretor de Assuntos Econômicos da ABRAINC, Renato Lomonaco, foi o convidado da live Docket Talks, realizada nesta quinta-feira (26), para debater as perspectivas da indústria da construção e o futuro do financiamento imobiliário.
Lomonaco falou um pouco sobre a atuação da ABRAINC em âmbito nacional, destacou os números do setor em relação ao PIB (Construção é responsável por 7%) e geração de empregos (10% dos trabalhadores formais estão no setor), e explicou que mesmo com as recentes elevações da Selic, o momento segue bastante propício investir em imóveis.
Ele explicou que a ABRAINC fez um estudo de affordability que mostra que a redução dos juros ocorrida nos últimos 5 anos permite que uma pessoa consiga comprar um imóvel 30% maior nos dias de hoje com a mesma renda. “O momento é bastante propício para investir em imóvel”, afirmou.
Foram destacados também os avanços que a tecnologia trouxe aos negócios, permitindo que milhões de pessoas tenham acesso ao mercado de capitais de forma rápida. Para Lomonaco, é possível simplificar e adotar medidas disruptivas também em relação ao crédito imobiliário. Ele ressaltou ainda o crescimento das construtechs e proptechs no mercado.
A ABRAINC tem realizado ao longo do ano
uma série de eventos e reuniões para tratar sobre inovação e ganho de produtividade com empresas de tecnologia e startups para a apresentação das ferramentas e plataformas voltadas ao desenvolvimento do setor.
Lomonaco falou também sobre o Sistema Block, que torna obrigatório o registro de recebíveis imobiliários em uma Central Registradora de ativos financeiros. A ABRAINC atuou junto ao Banco Central para a implantação dessa medida, que visa melhorar a segurança jurídica das operações.
Novas fontes alternativas de funding ao setor que podem crescer, como os CRIs (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e LIGs (Letra Imobiliária Garantida), também foram abordadas.
O diretor da ABRAINC ressaltou ao final do encontro que o Brasil precisa de um cenário econômico e político com mais estabilidade, controlar o gasto público para que possa garantir juros baixos e crescimento sustentado a longo prazo.
Redação ABRAINC