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Na sociedade da era digital, os espaços urbanos estão mais diversificados, a economia segue por caminhos novos e a configuração das famílias é plural. Consequentemente, o comportamento do consumidor de imóveis se altera. Flexibilidade é a palavra de ordem: novas e diversificadas formas de oferta, o crescimento do aluguel, do compartilhamento de espaços comuns e a forte valorização do espaço urbano.
Para debater esses temas e demais tendências detectadas pelo
estudo "Comportamento do Consumidor de Imóveis em 2040", realizado pela Deloitte a pedido da Abrainc, Luiz França, presidente da Abrainc, e Giovanni Cordeiro, economista-chefe e gerente de research da Deloitte, participaram de uma live no Estadão nesta terça-feira (22).
O estudo demonstra que o comportamento do consumidor mudou, e muito, por conta da tecnologia, da economia e das gerações. O mercado imobiliário foi um dos que mais se movimentou com essas transformações, tendo que investir em soluções para acompanhar esses avanços. Em 2040, os consumidores dessas gerações exigirão ética das empresas e transparência em seus processos, desde o detalhamento da construção até a conclusão da compra.
"Temos exemplos das nossas associadas que vem mudando o jeito de realizar a venda. Hoje, o cliente consegue ver o apartamento no site da empresa com informações em 3D. Ou mesmo ir no stand e ver o decorado através de realidade virtual. O interessado monta na hora como ele quer o apto. Muitas empresas já entenderam essas mudanças e oferecem cada vez mais espaços compartilhados, como lavanderia e salas de reunião. Por isso é importante realizar estudos que possam prever o comportamento das próximas gerações", afirmou França.
A Abrainc realizou também um levantamento que mostra que em uma década, de 2009 a 2019, a metragem dos apartamentos foi reduzida. Em 2009, a média da área útil dos apartamentos era de 73,80 metros quadrados. Neste ano (considerando até o mês de setembro), "encolheu" para uma média de 58,31 metros quadrados. Os dados refletem uma tendência do mercado imobiliário, que tem investido em imóveis menores com maior quantidade de áreas comuns.
"Esse cenário é radiografado justamente no
estudo que fizemos com a Deloitte. Em qualquer cidade grande, nas regiões onde já há uma alta na concentração de pessoas, o metro quadrado sobe. Então, as pessoas preferem morar em apartamentos menores, mas em regiões melhores, priorizando também a infraestrutura do local. Por isso, o setor precisa entender as mudanças e se adequar a elas", ressaltou o presidente da Abrainc.